Em 1926 a estilista francesa Coco Chanel revolucionou a moda ao criar um vestido em jersey que ficou conhecido como “melindrosa”. De linhas retas e deixando as pernas de fora, o modelo significava uma libertação física do espartilho o que, na prática, diminuia o tempo de vestir da roupa e também deixava as mulheres mais à vontade para o trabalho.
Encarado na época como uma “rebeldia” o modelo era tão simples que foi uma das primeiras tendências que não ficou somente restrita às elites, pois podia ser facilmente reproduzido em casa com máquinas de costura domésticas.
No entanto, foram necessárias quase duas décadas para que o vestido reto realmente se tornasse uma febre mundial, quando foi “resgatado” por André Courrèges em sua coleção “Moon Girl” (Garota da Lua) com estilo futurista e materiais ousados como o plástico.
As linhas retas permanecem associadas a uma moda tecnológica, inovadora e “do futuro”, como no vestido de LED apresentado em 2006 por Jussein Chalayan durante a Semana de Moda de Paris. No começo deste ano não foi diferente: diversas marcas nacionais e internacionais apostaram no modelo reto em suas coleções como Jill Stuart e Rodarte, na Semana de Moda de Nova York, e Alexandre Herchcovitch, Iódice e Juliana Jabour, na São Paulo Fashion Week.
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